quinta-feira, 18 de abril de 2013

Duas de letra com...




Com 21 anos, Catarina Durães sempre se manteve fiel ao clube que a viu crescer. Começou a jogar com 6 anos e nunca mais parou. Por ser a mais pequenina, ficou conhecida como “Piolho”, alcunha que até hoje a acompanha.


Andebol feminino: Como surgiu o andebol na tua vida?
 Catarina Durães: O andebol surgiu na minha vida através da minha mãe. Desde muito cedo, que fui motivada para a prática da modalidade, visto que durante muitos anos a minha mãe a praticou. Mais tarde surge a minha irmã como jogadora de andebol, dando assim, um impulso para que eu o praticasse também.

Andebol feminino: Como te sentiste no meio de tanta “gente grande”?
 Catarina Durães: Desde muito cedo, tive muita sorte com os treinadores e companheiras de equipa que foram surgindo. Não foi fácil lidar com atletas mais velhas que eu e com mais experiencia, mas facilmente me adaptei.

Andebol feminino: Vindo tu de uma família com tradições andebolísticas, nunca te sentiste pressionada?
 Catarina Durães: De certa forma senti alguma pressão, porque sempre tive o sonho de praticar uma modalidade desportiva e sendo o andebol, a modalidade mais falada no seio da família, acho que não teria uma outra opção.
A partir do momento que comecei a praticar a modalidade, ganhei gosto pela mesma e, até a data, continuo a praticar com enorme orgulho.

Andebol feminino: A quem atribuís a responsabilidade pela jogadora que hoje és?
 Catarina Durães: Atribuo essa responsabilidade a todos os treinadores que passaram pela minha formação, pois deram o melhor de si e apostaram em mim, para hoje ser a atleta que sou.
Não me posso esquecer também do apoio e suporte da minha família, que contribuiu muito para o meu crescimento.

Andebol feminino: Há tantos anos no Santa Joana, nunca sentiste necessidade de conhecer outras “casas”?
 Catarina Durães: Já pensei em “visitar” outras equipas de andebol feminino. Cheguei a receber propostas de outros clubes, quando ainda era da formação do Santa Joana, mas como fui sempre muito bem tratada no meu clube, nunca senti necessidade de me transferir para outros clubes.

Andebol feminino: Na tua opinião, como se encontra o andebol feminino?
 Catarina Durães: Penso que neste momento, o andebol feminino já tem outra “cara”. As pessoas já recebem a modalidade com bons olhos e chegamos a ter mesmo imensas atletas a praticar a mesma. O andebol feminino está em constante crescimento e podemos ter orgulho nas grandes atletas que se formaram ao longo destes anos.

Andebol feminino: Notas muitas diferenças entre o andebol de hoje em dia e o praticado antigamente?
 Catarina Durães: Sim, sem dúvida. Antigamente o andebol feminino não tinha tanta visibilidade para a comunidade portuguesa, como tem agora.
Hoje em dia, as pessoas deste meio têm mais oportunidades. Já existe uma maior variedade de artigos no mercado. Podemos “gabar-nos” de existirem sapatilhas e equipamentos de várias formas e feitios. Temos pavilhões com boa qualidade para treinar e jogar.
No mundo em geral, o andebol e as outras modalidades femininas, tiveram um crescimento muito grande, o que originou uma vasta gama de oportunidades para as mulheres, visto que antigamente não era visto com bons olhos, haver mulheres a praticar desportos.

Andebol feminino: Define-me andebol!
 Catarina Durães: Andebol é espetáculo, espírito de equipa, força, garra, motivação, animação, desempenho.

Andebol feminino: Há momentos bons e menos bons na carreira de todas as jogadoras. Quais foram, para ti, os momentos mais marcantes na tua carreira?
 Catarina Durães: Um dos momentos mais marcantes da minha carreira foi quando ganhamos o campeonato nacional de Juvenis Femininos, na época de 2004/2005 e fomos campeãs em Alpendorada. Numa final entre Santa Joana – Juve Mar, lembro-me de ter marcado dois golos e ajudei a minha equipa a aumentar o resultado. No final do jogo, ganhámos 32 – 22. Para mim foi um dos momentos mais marcantes, pois fui chamada a equipa de Juvenis, quando ainda era Iniciada de 1º ano.

Andebol feminino: Que conselho gostarias de deixar a quem se está a iniciar na modalidade?
 Catarina Durães: A quem se está a iniciar na modalidade digo para terem, acima de tudo, força de vontade e gosto por aquilo que estão a representar, que neste caso é o andebol.
Todas as pessoas que se interessarem em praticar a modalidade, têm que ser fortes, lutadoras, terem espírito de sacrifício e de guerreiros, mas acima de tudo, espírito de equipa, pois o andebol é um desporto de equipa e devem ajudar-se uns aos outros para saírem vencedores de todas as batalhas que surgire

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