quarta-feira, 3 de julho de 2013

O retorno ...


Boa noite, "andeboleiros" ! :)

Após esta longa ausência, não me sentia bem em não vos dar uma explicação.
O semestre responsável pela criação deste blog, já acabou e com sucesso! :)

Tinha a opção de vos deixar de escrever, mas, como o feedback foi tão positivo, não pretendo fazê-lo. MUITO pelo contrário! Ando numa roda viva a tentar dar um novo ar a este NOSSO blog, de forma a levar o andebol, especialmente o feminino, cada vez mais longe. 

Pretendo colocar novos conteúdos, em novos formatos...em fim, esperem para ver!

Entretanto, agradecia as vossas sugestões: o que gostariam de ver no blog, personalidades que gostassem de ver entrevistadas...TUDO é bem-vindo!


terça-feira, 4 de junho de 2013

Duas de letra com...Catarina Lopes






Já todos ficamos a conhecer um pouco sobre Catarina Lopes, ou não fosse ela a jogadora promissora falada no mês de Abril.
Hoje, o Andebol Feminino, veio dar "duas de letra" com esta menina prodígio...

Andebol feminino: Qual é o teu segredo?
 Catarina Lopes: Acho que não há segredo. Apenas tento fazer o meu melhor, cada vez que entro em campo, tanto nos jogos como nos treinos. Sei que ainda tenho imenso a aprender, por isso tento absorver ao máximo tudo aquilo que me vão ensinando.

Andebol feminino: Como surgiu o andebol na tua vida?
 Catarina Lopes: O andebol surgiu por acaso. Uma prima mais nova praticava e a minha irmã, que por questões de saúde tinha de praticar um desporto mais ''activo'', quis também começar a jogar. Eu fui ver um treino delas e foi ''amor à primeira vista''! Pedi logo aos meus pais para jogar também.

Andebol feminino: Fizeste toda a tua formação no Santa Joana. A quem atribuis a responsabilidade da jogadora em que te tornaste?
 Catarina Lopes: Principalmente aos treinadores. Cada um com o seu método, fizeram-me aprender coisas novas com todos. Tive muita sorte, pois sempre me ajudaram em tudo o que puderam, não só a nível técnico, como a nível pessoal. Tanto treinadores, como as minhas companheiras de equipa, assim como os meus pais, tiveram um papel muito importante no meu crescimento como atleta. A todos, um muito obrigada!

Andebol feminino: Jogando no teu escalão, na selecção regional e treinando pelo escalão sénior, como consegues conciliar tudo isto com os estudos?
 Catarina Lopes: Não é nada fácil, é preciso alguma organização e espírito de sacrifício. Primeiro tento não trazer muito ''trabalho para casa'', esforço-me por estar atenta nas aulas. E claro, há muitas coisas de que abdico em função do andebol: saídas com os amigos, mais tempo em casa a ver televisão ou a fazer outras coisas de que gosto... mas durante todo o meu percurso como atleta mantive sempre óptimas notas e é algo de que me orgulho muito.

Andebol feminino: Os teus pais sempre te apoiaram nesta escolha?
 Catarina Lopes: Os meus pais sempre me apoiaram em tudo! Tenho a certeza de que se fosse outra actividade qualquer teria a mesma ajuda, o mesmo entusiasmo e o mesmo orgulho da parte deles. São os melhores pais do mundo!

Andebol feminino: Após três anos a praticar ballet, como passas de uma arte que requer suavidade, leveza, fluidez, para um desporto totalmente oposto, que exige luta, contacto físico, e que tantas nódoas negras nos traz?
 Catarina Lopes: Sinceramente, nem sei bem. Mas não me arrependo de nada! Foi uma coincidência, que acabou por ser a razão pela qual eu conheci tantas pessoas espectaculares, fiz tantos amigos e estou tão feliz! Não sei explicar como é que passei do ballet para o andebol, nem tão pouco sei explicar o porquê de gostar tanto disto. Apesar de todas as nódoas negras e queimaduras, nada fará com que eu desista.

Andebol feminino: O que sentiste quando foste chamada pela primeira vez à selecção nacional ?
Catarina Lopes: Primeiro senti que não era verdade, que os meu pais tinham visto mal a convocatória ou algo assim. Até porque antes de sair a convocatória, muitas raparigas da minha idade, incluindo eu, tínhamos ido a um treino com os treinadores da selecção. E nesse treino eu senti que não estava a conseguir ''sobressair'' entre as outras e que tudo o que fazia estava mal. Por isso, quando os meus pais me ligaram a dar a notícia, senti-me surpreendida, mas muito, muito, contente. Senti que finalmente o meu esforço estava a dar resultado.

Andebol feminino: Sempre jogaste em escalões acima do teu e, quase sempre, foste titular. Nunca sentiste inveja por parte das tuas colegas? Sentiste-te sempre integrada em todos os escalões que tens representado?
Catarina Lopes: Sim, sempre me senti integrada. Claro que no início sentia-me um pouco à parte, mas isso é porque não consigo fazer amizades muito facilmente. Mas sempre tive companheiras de equipa espectaculares que me ajudaram (e ajudam) em tudo o que podem. Tive muita sorte. Nas seniores também fui muito bem recebida. Têm-me ajudado a evoluir e corrigem-me sempre que faço algo mal. Tenho adorado a experiência e estou muito contente por poder treinar ao lado de jogadoras que tanto admiro!

Andebol feminino: Quais são as tuas expectativas em relação ao teu futuro?
Catarina Lopes: Tenho grandes expectativas em relação ao meu futuro. Obviamente que um dos meus sonhos é ser jogadora profissional de andebol e jogar no estrangeiro seria ainda melhor (o que é um pouco difícil de acontecer). Mas o meu objectivo é tornar-me na melhor jogadora sénior que puder ser e integrar a selecção nacional. E é para alcançar este objectivo que irei trabalhar.

Andebol feminino: Vês-te durante muitos anos no projecto Santa Joana?
Catarina Lopes: Sim. O Santa Joana é onde me sinto acarinhada e integrada. Sinto que estou a evoluir e, para além disso, é onde me sinto feliz.

Jogadora do mês... Abril



Chegada a meio da época ao clube maiato, Ana Carvalho é a “vítima” deste mês.

Vinda do Académico Futebol Clube, rapidamente se tornou um elemento fundamental para a equipa de Miguel Solha.

Como central, tem a função de, mais do que qualquer outra jogadora, pensar o jogo. 
Coincidência ou não, a sua actuação tem levado a equipa a bom porto, cantando com duas vitórias em três jogos.

Foi no Clube Propaganda Natação (CPN) que Ana Carvalho se iniciou no andebol.

Após esta curta passagem (duas épocas) pela equipa de Ermesinde, a jogadora mudou-se para o Santa Joana, por quem lutou durante 7 épocas. Seguiram-se Maiastars, Académico e ainda a equipa do Centro Desportivo Universitário do Porto, enquanto estudante universitária.

Descrita pelas colegas como guerreira e amante da modalidade, Ana nunca desiste de uma disputa de bola. É persistente. Luta até ao fim!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Duas de letra com...



Aos 35 anos, Miguel Solha é já um veterano no andebol. Começou a praticar a modalidade com apenas 7 anos e nunca mais parou.
À frente da equipa sénior feminina do Santa Joana é ele o responsável por manter tantas mulheres a “remar” para o mesmo lado.

Andebol Feminino: Como se deu a transição de jogador a treinador?
 Miguel Solha: A transição deu se de forma natural, eu já estava envolvido na formação de jovens jogadores.

Andebol Feminino: Como surgiu a proposta de ingressar no projeto Santa joana?
 Miguel Solha: A direção do clube procurava um treinador ambicioso, com novos conceitos e novas metodologias de treino.

Andebol Feminino: Porquê escolher treinar uma equipa feminina?
 Miguel Solha: Porque não? Qualquer treinador em ascensão tem necessidade de enfrentar desafios, e melhor desafio que 1ª divisão nacional feminina, só mesmo, 1ª divisão nacional júnior e sénior masculina.

Andebol Feminino: Como consegue lidar, quase diariamente, com tantas mulheres?
 Miguel Solha: Não é fácil, pois o sexo feminino exterioriza por vezes demais e interioriza o que não deve, mas depois de conhecer, torna se fácil.

Andebol Feminino: Quais as suas ambições enquanto treinador?
 Miguel Solha: Como qualquer treinador chegar as melhores equipas do mundo, se não for possível, as melhores equipas nacionais.

Andebol Feminino: Foi difícil enfrentar uma época que não se revelou fácil para a Santa Joana devido ao afastamento involuntário de algumas atletas?
 Miguel Solha: Difícil, não. O problema existente no andebol feminino é de treino, fazer entender que sem trabalho não existem resultados, mas pelo contrário na Santa Joana, neste ano e meio de trabalho, surtiram bons resultados, que se calhar aos olhos de pessoas exteriores eles não existem. Temos atletas mais novas a entrar na equipa sénior. Realizamos trabalho individualizado com potenciais atletas. E trouxe jogo organizado dimensionado para equipa, não um jogo organizado standard.

Andebol Feminino: A treinar uma média de 25 atletas não remuneradas, mas com uma enorme qualidade, como consegue travar as investidas por parte de outros clubes?
 Miguel Solha: É impossível travar investidas por parte de outros clubes com maior dimensão, ou, e que envolvam remunerações, por mais irrisórias que sejam.

Andebol Feminino: Para além de treinador, é um grande pilar na estrutura do clube. Como têm enfrentado a redução de financiamentos e falta de patrocínios?
 Miguel Solha: A prioridade do clube nestes dois anos passou pela formação, quantidade nem sempre significa qualidade, se fizermos uma retrospectiva, ate janeiro deste ano nenhum escalão deste clube se intrometeu nos campeonatos, ao fim de um ano e meio, começa a surtir equipa, individualidades, etc… começam a surgir resultados desde as mais novas até às mais velhas, começamos a preocupar-nos mais com aspetos individuais em prol do coletivo, e não em vencer jogos, ganhar surge naturalmente depois que as atletas tiverem conhecimento do básico.
Dinheiro pode trazer qualidade de treino, atletas e, quem sabe, melhores treinadores, mas como já referi, a vontade e treino vencem tudo.

Andebol feminino: Vê nas formações do clube uma estrutura viável para levar o nome “Santa Joana” cada vez mais além?
 Miguel Solha: Sim, claro, como já referi, é necessário manter esta metodologia de trabalho pois esta metodologia, é a correta. Noções básicas de andebol, postura de remate, jogo coletivo, etc…

Andebol Feminino: Que conselho gostaria de deixar a quem pretenda seguir o caminho de treinador/a de andebol feminino?
 Miguel Solha: Paciência e trabalho, muita paciência e muito trabalho. Num campeonato de fraca visibilidade, com atletas, trabalhadoras e estudantes, não é fácil gerir. Mas se existir vontade dos clubes, dos treinadores, dos dirigentes, e das principais interessadas, as atletas, tudo se consegue, nada é impossível.

Jogadora promissora...




Aos 15 anos, Catarina Lopes é já uma grande promessa para o andebol feminino.

Quando a vemos em acção leva-nos a pensar que joga andebol desde que nasceu…em vez dos habituais pontapés, talvez já fizesse marcação individual ao cordão umbilical. Mas não! Muito pelo contrário! Lopes, não fosse o destino traiçoeiro, estaria hoje em recitais, talvez como protagonista do “Lago dos cisnes”, com a sua turma de ballet.

Após 3 anos a praticar a rigorosa arte de dançar, Catarina achou que aquele não era o seu caminho. É em 2008, que descobre a sua grande paixão: andebol.

O Santa Joana foi a equipa que a acolheu e que, até hoje, a acolhe.

Em infantil, fez um estágio de três dias pela Seleção Nacional, o auge que todas as atletas anseiam alcançar.

Actualmente, está na Seleção Regional do Porto 97/98/99, pela qual jogou, em dezembro passado, um torneio em Espanha.

No seu clube, joga por juvenis, sendo uma das principais goleadoras, possante e capaz de penetrar qualquer defesa.

Apesar da sua tenra idade, Catarina Lopes mantém os pés assentes na terra, não entra em histerismos.

É um exemplo de que humildade é uma palavra-chave para alcançar o sucesso!